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Tematizar a prática é um dos jargões mais comuns nas atividades de formação continuada. Segundo Telma Weisz, doutora em Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento e formadora de professores, isso nada mais é do que a “análise que parte da prática documentada para explicitar as hipóteses didáticas subjacentes ao trabalho do professor”. Ou seja, refletir sobre o dia-a-dia dentro da sala de aula.

O registro da prática deve ser feito por atividade e pode ser apresentad
o de forma escrita pelo professor ou por um coordenador pedagógico que observe as atividades de classe e deve incluir um relato do desenvolvimento da atividade e uma pequena avaliação. Além do suporte escrito, essa documentação pode ser feita com gravações em áudio ou vídeo. “Ao se ver e ouvir, o professor consegue analisar o que não percebe que está fazendo”, explica Regina Scarpa. “Ao tomar consciência das hipóteses didáticas, conseguimos ultrapassar a tradicional dicotomia entre certo e errado e a atitude prescritiva que costuma caracterizar as atividades de análise da prática docente", completa Telma.

A tematização da prática se opõe à tradicional visão aplicacionista da formação de professores, que oferece a eles um corpo de idéias e teorias para aplicar em sala de aula.
“Tematizar é fazer com que o professor seja capaz de desentranhar as teorias que guiam a prática pedagógica real", diz Telma. Para chegar a essa capacidade de análise, há três caminhos: estudar, estudar e estudar.


FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/formacao-continuacao-pratica-428225-shtml